8/26/2012

"Um pequeno passo para o homem, um grande salto para a humanidade"

Oi, gente!

Esta noite passada (25.08), enquanto eu estava no saguão do hotel onde faria uma palestra de astronomia para alunos de um colégio de Recife, recebi um e-mail de uma amiga querida, com a notícia da morte de Neil Armstrong, que foi o primeiro ser humano a pisar na Lua (foram doze ao todo, em seis missões bem sucedidas de 1969 a 1972).
Minha admiração por este grande personagem contemporâneo e histórico,  me levou a sentir sua morte como a perda de um ente querido. Entre outras coisas, Armstrong foi o comandante da missão Apollo 11, que levou os dois primeiros homens para Lua. Foi escolhido para ser o comandante porque, além de seu excelente histórico como piloto de aviões de caça da marinha, piloto de provas e astronauta, ele era muito conhecido por se manter calmo nas situações de emergência. Em missões de alto risco, isso é fundamental, e pode ser a diferença entre o sucesso e o fracasso.
Neil Armstrong também foi escolhido para ser o primeiro a pisar na Lua, porque seus colegas e chefes consideraram que ele era o mais maduro e preparado, entre os astronautas, para carregar sobre os ombros o peso e a fama de ser o primeiro humano a pisar em outro planeta (tecnicamente falando, a Lua, nosso satélite natural, é um pequeno planeta).
Aquela foi a última missão espacial de Armstrong. A partir dali, com seu enorme prestígio internacional, ele seria mais importante para a Nasa e os Estados Unidos, ocupando cargos e responsabilidades mais burocráticos e menos perigosos.
Lembro-me que há muitos anos atrás, no início da década de 1990, quando eu morava em Curitiba, existia um programa de televisão, no SBT, chamado Canal Livre. Era um programa que entrevistava dois ou três convidados ao mesmo tempo, passava na televisão todas as tardes, e era apresentado pelo Serginho Groisman, que hoje está na Globo. Um dia que eu estava assistindo, o Neil Armstrong foi um dos convidados, junto com Kika Seixas (viúva do cantor Raul Seixas), e mais alguém de quem não me recordo. O fã clube do Raul Seixas estava em peso na platéia, e como no programa do Serginho Groisman quem faz as perguntas é a platéia, as perguntas do auditório eram quase todas para a viúva de Raul Seixas, e pouquíssimos faziam perguntas ao ex-astronauta. Naquela época eu não conhecia nada de astronomia, mas lembro-me de ter ficado indignado com isso, pois eu já tinha plena consciência da importância histórica daquele homem, que na época já era um senhor com mais de sessenta anos de idade. Mas ele pareceu não se importar, e aparentava humildade e simpatia.

O título desse artigo: "Um pequeno passo para o homem, um grande salto para a humanidade", foi a primeira frase solene que ele proferiu com os pés na Lua. É uma frase poética, mas com alto teor filosófico.
Ao iniciar minha palestra de ontém, comentei a notícia de sua morte, e dedicamos aquele momento, em que estávamos reunidos para falarmos sobre o céu, em sua homenagem.
Aos 82 anos de idade, Neil Armstrong, um dos maiores heróis da conquista do espaço, personagem histórico cujo nome e feito serão lembrados ainda por muitos séculos, deixou a Terra para sua última viagem pelo céu. Suas pegadas permanecerão na Lua por muito tempo ainda, em meio ao Mar da Tranquilidade.

Abraço à todos!
Fernando

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