3/28/2013

LUA EM VIRGEM - 28/03 E CONJUNÇÃO DA LUA COM SATURNO - 29/03

Pessoal!

Hoje a Lua e a estrela alfa da Virgem estarão em conjunção, a cerca de 4º de distância angular uma da outra. Espiga nascerá um pouco antes, e será vista logo acima da Lua depois que a Lua nascer. Espiga ficará um tanto ofuscada pela luz da Lua cheia, mas será bem visível. 

Abaixo da Lua, na primeira parte da noite, o astro mais evidente será Saturno, em Libra. Repare que Saturno tem uma luz diferente das estrelas: amarelada e sem cintilar.

No dia 29 a Lua e Saturno estarão em conjunção. Aproveite o feriado para fazer estas observações.

Desejo a todos um ótimo final de semana!
Fernando   

3/24/2013

ESTRELANDO NAS MELHORES JANELAS DA CIDADE: LUA EM LEÃO - 24/03/13

Olá, pessoal!

Hoje, no início da noite a Lua estará a menos de sete graus de distância aparente e à direita (sul) da estrela Régulus, alfa leo. Boa oportunidade para identificar as estrelas do Leão.

No início da noite de hoje (24/03/13), a Lua estará quase cheia, à direita da estrela alfa leo, que se chama Régulus (em destaque na imagem). Imagem: astropt.org.

Boa observação!
Fernando

3/20/2013

FELIZ OUTONO PARA TODOS!

Olá, pessoal!

Nesta linda manhã ensolarada, por volta de 8 horas no horário de Brasília, aconteceu o equinócio de outono, que é quando o Sol, em seu caminho aparente, alcança a intercecção entre a linha do equador celeste e a linha da eclíptica. 

Chamamos de equador celeste, a projeção do equador terrestre na esfera celeste.  

Eclíptica é a linha que o Sol aparentemente percorre no céu ao longo da translação da Terra.

Devido à inclinação axial da Terra (inclinação do eixo de rotação terrestre), ao longo de uma translação haverá o momento em que o hemisfério sul do planeta estará recebendo a luz do Sol de modo mais direto, e por mais tempo, é o verão.

Com o deslocamento da Terra em torno do Sol, começa haver um equilíbrio na incidência da luz solar entre os dois hemisférios e o verão vai findando.  Se aproxima o outono.

Quando o Sol finalmente intercepta o equador celeste, há o momento máximo desse equilíbrio da incidência de luz e os dois hemisférios são iluminados com a mesma intensidade, a duração do dia e da noite são iguais. É o que está acontecendo hoje. 

Então, estamos vivendo este momento de EQUINOX, ou seja, de equilíbrio da noite (em relação ao dia).

Como a Terra não pára e segue impávida sua dança em torno do Sol pelo espaço-tempo, nossa linda estrela amarela parecerá, gradativamente, dia após dia, nascer cada vez mais ao norte do equador celeste. Na prática, depois desse período de equilíbrio na duração de tempo dos dias e das noites, para um observador na superfície da Terra, o Sol parecerá nascer cada dia mais ao norte do ponto onde nasceu hoje, 20 de março, dia do equinócio de outono 2013. Será a vez do hemisfério norte do planeta ficar voltado mais tempo e de forma mais direta para o Sol.

Por isso sentiremos gradativamente a temperatura mais amena; menos quente em Feira de Santana, esfriando forte em Porto Alegre. Quanto mais próximo dos Trópicos e para além, em direção aos pólos, mais acentuada são as diferenças entre as estações.

A temperatura influencia muito no comportamento dos gases que formam a atmosfera, causando diferentes regimes climáticos de acordo com a incidência da luz solar. 

Legal, não é? Tudo por causa do eixo de inclinação da Terra. 

Pois, o máximo deslocamento aparente do Sol para o norte é delimitado pelo Trópico de Câncer. Daqui a três meses, em 21 de junho, quando o Sol aparentemente alcançar o Trópico de Câncer, ocorrerá o chamado Solstício de Inverno, quando ocorre a noite mais longa do ano nas regiões ao sul do equador (e o dia mais longo para quem vive ao norte do equador).

A palavra Solstício deriva de um étimo latino para "Sol estático", momento em que o Sol alcança o limite máximo de seu deslocamento aparente em relação ao equador celeste. Ao norte do equador celeste, este deslocamento aparente do Sol é delimitado pelo Trópico de Câncer, e, ao sul do equador celeste, pelo Trópico de Capricórnio.  

Então, após o solstício de inverno, gradativamente o Sol irá retroceder, nascendo e se pondo a cada dia mais ao sul, em direção ao equador celeste novamente até alcançá-lo, três meses depois, em setembro.

Lembre-se que o hemisfério que está sofrendo menos insolação, tende a ter menor temperatura. 

Ao interceptar novamente o equador celeste, o Sol ocasionará novo equilíbrio na incidência de luz sobre ambos os hemisférios da Terra, e então teremos novo equinócio, agora de Primavera, com seu próprio regime climático.  Isso acontecerá por volta do dia 21de setembro. Ou seja, daqui a seis meses.

Hoje o Sol está na constelação dos Peixes; em 21 de setembro, estará na constelação da Virgem, em posição cento e oitenta graus oposta a que se encontra agora. Voltemos a este artigo, em setembro!

A Terra, como sempre, seguirá sua translação e cada dia o Sol parecerá nascer um pouquinho mais ao sul do equador, até que em dezembro aparentemente alcançará o Trópico de Capricórnio, ocasionando novo Solstício, agora de verão.

Então o ciclo recomeça, sem nunca ter parado.


Na ilustração acima, perceba que quando a Terra está no lado direito da ilustração, o Pólo Sul fica completamente iluminado pelo Sol, ocasionando o verão no hemisfério sul da Terra (inverno no hemisfério norte). Três meses depois, com o deslocamento da Terra em torno do Sol, nossa estrela mãe iluminará os dois hemisférios com a mesma intensidade, então será o equinócio de outono (como aconteceu hoje). Mais três meses de translação e a Terra fica exatamente a 180º de onde estava seis meses antes. Nesse momento de sua translação, repare que é o Pólo Norte do planeta que fica totalmente iluminado, enquanto o Pólo Sul fica imerso na umbra. Mais três meses e novamente a Terra se coloca em posição de equinócio, com os dois pólos recebendo a mesma intensidade de luz; será o equinócio de primavera. Então, em junho e em dezembro temos os pontos de SOLSTÍCIO, e em março e em setembro, os EQUINÓCIOS. Imagem: www.prefeitura.sp.gov.br

E mais...

Você já parou pra pensar que quando é verão no hemisfério sul, o Sol não se põe sob o horizonte no círculo antártico, e que quando é inverno, ele fica o tempo todo abaixo do horizonte, naquela região? 

Pois é... Quem estiver por lá, no verão verá o Sol andando de lado, paralelo ao horizonte, sem se pôr e nem nunca subir mais que certa altura no céu. E no inverno, tal observador terá apenas a companhia das estrelas, sem ver o Sol durante meses.

A mesma coisa ocorre no círculo ártico. No verão o dia dura meses, e no inverno quem perdura é a noite. Entre o inverno e o verão, está a primavera, onde o crepúsculo matutino anda de lado, e entre o verão e o inverno está o outono, onde o crepúsculo vespertino é quem perfaz o círculo do horizonte.

Apreender e assimilar todas estas informações requer um tempo. Por volta de 1992 eu li um livro chamado "No país das Sombras Longas", do Hans Huesch, que trata da história de uma família de esquimós que nunca tinha tido contato com a civilização moderna. A história é toda baseada em dados reais de cultura e costumes esquimós, vividos e estudados pelo autor do livro, e nele podemos apreender muitas informações interessantes sobre a geografia deste incrível planeta Terra. Eu recomendo a leitura!


O livro conta a história de uma família inuit, da nação indígena esquimó, e seu primeiro contato com a civilização moderna. Trata-se de uma leitura empolgante, emocionante, onde o leitor é convidado a vivenciar o dia a dia da vida primitiva na região ártica. O nome do livro é uma referência ao fato de que, nessa região da Terra, o Sol caminha paralelo ao horizonte, nunca ascendendo ao alto do céu. Dessa forma, incidindo de lado, a luz solar sempre causa longas sombras nos objetos. Em outros lugares, como em Salvador, esse fenômeno das sombras longas pode ser observado no início das manhãs ou ao final das tardes.


Um grande abraço e um feliz outono para todos!
Fernando  

3/10/2013

COMETA PANSTARRS: OBSERVAÇÃO A OLHO NU DESDE A BAHIA - 09/03/13

Olá, pessoal!

Ontem e hoje¹ foram dias muito marcantes para mim. Ontem, pela primeira vez em meses eu senti a maravilhosa sensação de andar novamente, sem precisar de cadeira de rodas ou muletas. Uau! Que experiência. E isso é só o início. Estou em tempo de reaprender a andar. Aliás, sobre meus últimos meses, eu sintetizaria com uma frase do poema Mar Português, de Fernando Pessoa, já citado anteriormente em nosso blog: Tudo vale a pena se a alma não é pequena. Agradeço a todos que de uma forma ou de outra estiveram torcendo por minha recuperação. 

Mas, na verdade, estou dando essa passada rápida pelo nosso blog, para registrar que  hoje, durante o crepúsculo vespertino, pude observar a olho nu o cometa Panstarrs (C/2011 L4), desde a cidade do Salvador.

Após o ocaso do Sol, o primeiro astro a surgir foi Júpiter, ao norte do zênite, com o céu ainda azul claro. Pouco tempo depois foi a vez de Sírius, bem próximo ao zênite, no sudeste alto. Depois Canópus, mais ao sul, e Capella, linda, cintilante, ao norte. O oeste estava limpo, livre de nuvens e com pouca matéria em suspensão no ar. As condições de observação, apesar da luminosidade da cidade, eram boas.

As silhuetas dos edifícios foram ganhando janelas luminosas, e ao fundo, os tons vívidos do crepúsculo, vermelho, laranja e amarelo, aos poucos douravam o ocidente. Acima desse gradiente encarnado, uma faixa lívida limiava com o derradeiro azul do dia, quase virado em lilás.   

Meu momento favorito do dia, o crepúsculo vespertino. Fiquei ali, perscrutando o céu a procura de uma pedrinha de gelo, com cabeleira e cauda. Um raio rosa vazou da região zodiacal rumo ao zênite, e uma linda luz esverdeada se concentrou no horizonte oeste. Sobre minha cabeça, no centro da abóboda celeste, surgiu Rigel (beta orionis), depois Betelgeuse (alfa orionis). Pouco depois foi a vez de Aldebaran (alfa tauri), que esperei e vi chegar, a cerca de 4º graus de Júpiter. No oriente, o céu escurecia lentamente para o tom marinho.

Eu estava ansioso por ver Deneb Kaitos. Sabia que ela apareceria a qualquer momento. No sudoeste, Archenar (alfa eridanii) perdia altura... Então, de repente: - Lá ela! Meus olhos refletiram o brilho recém chegado de Deneb Kaitos... Linda. Sua luz viajou noventa e cinco anos pelo "vazio do espaço" até chegar a Salvador. Quem diz que os astros não influenciam a vida na Terra, nunca se emocionou com uma estrela.

Pois, lá estava a Baleia. Agora era uma questão de tempo para ver, ou não, o Panstarrs. De repente, surgiu uma luminosidade tímida sobre o oeste, entre as contelações da Baleia e dos Peixes. Mantive-me cético e analisei: poderia ser a estrela iota ceti? Esperei. Não, não podia ser a iota ceti, seu brilho é muito débil para ser visto tão próximo do Sol. Também não era Marte, com certeza. Marte não estava visível. E, por fim, não poderia ser nenhuma das estrelas de Peixes que situam-se ali, pelo mesmo motivo que não poderia ser a iota ceti. Não teriam magnitude para serem vistas tão próximas do Sol. Além disso, desde o início, percebi, mas me contive, que se tratava de um astro nebuloso.

As condições de luminosidade do céu e a poluição luminosa da cidade foram fatores adversos, mas mesmo assim, daquele pequeno e nebuloso astro, subia uma tênue cauda alongada em oposição ao horizonte. E eu já não tive mais dúvidas... Era o cometa Panstarrs sobre o horizonte oeste. Permaneci ali, no alto de onde estava. Podia ver o Atlântico entrando na noite, e as luzes da cidade se acendendo no ocidente contra os últimos tons da luz crepuscular. A Terra, girando para o leste, fez o cometa desaparecer contra as silhuetas dos prédios de Salvador. Linda cauda a sua, pedrinha que vôa entre as estrelas da Baleia.

Amanhã voltarei a observar e espero confirmar a observação. Infelizmente, as condições de observação do Panstarrs em Salvador não são favoráveis. Eu precisei buscar um bom local de observação para o oeste, e tive sorte pois as condições atmosféricas ajudaram. Mas, se eu não conhecesse muito bem essa região do céu, eu não saberia distinguir o cometa. Por tanto, não se fruste se você tentar e não conseguir. 

No entanto, de Feira de Santana a observação do cometa Panstarrs tende a ser consideravelmente mais fácil do que em Salvador, pois Feira sofre menos poluição luminosa e está mais alta em relação ao mar. Hoje, ao pôr do Sol, acima do horizonte oeste, entre os tons do crepúsculo e os últimos tons de azul do dia, quem estiver em um local propício, com boa vista para o poente, verá surgir um astro tímido e nebuloso cerca de 10º do horizonte. 

Quem tiver a vista mais apurada, perceberá a cauda, uma mancha alva, tênue e difusa se alongando em oposição ao horizonte. É uma observação difícil de ser feita sem a orientação presencial de alguem que conheça o céu, se você não reunir as condições necessárias para fazer esta observação agora, não se preocupe, você terá outras oportunidades, ainda este ano, especialmente no segundo semestre, quando está prevista a passagem do cometa Ison. Falaremos mais a respeito, em outro momento.

Uma das primeiras coisas que a astronomia nos ensina é ter paciência. Antes mesmo de querer sair comprando um telescópio, você precisa conhecer o céu a olho nu, pois só assim você saberá para onde apontar seu telescópio, quando tiver um. 

Bem, eu passei aqui porque precisava dividir com vocês essa minha observação de hoje.


Um forte abraço a todos!
Fernando      

¹Publicado em 09/03/13 no blog EXPLORANDO O CÉU, adaptado e postado pelo autor para o blog Despertar para a Astronomia, no dia 10/09/13. 

PRINCIPAIS COMETAS EM 2013

Oi, turma!

Este ano promete ser um ano auspicioso para os observadores do céu. No dia 15 de fevereiro tivemos o lindo espetáculo proporcionado pelo enorme meteoro que riscou o céu da Rússia, na região dos Montes Urais, e outros menores, que também foram registrados em vídeo no mesmo período, como o que caiu na Califórnia no dia seguinte, 16 de fevereiro.

E, este mês, há dois cometas próximos de seus periélios (momento de maior proximidade com o Sol). Eles se chamam Lemmon e Panstarrs, e observá-los requer algum empenho por parte do observador, além de condições adequadas para a observação.  

O cometa Lemmon (C/2012 F6 Lemmon), foi descoberto em 23 de março de 2012 pela equipe de astrônomos do Observatório de Mount Lemmon - EUA, por isso levou esse nome, mas também poderia ser chamado de cometa Limão, já que sua coloração é nitidamente esverdeada (resultado de sua composição química). Por enquanto, Lemmon só é visível com o auxílio de instrumentos, como modestas lunetas e telescópios, na constelação do Sculptor (Escultor). Estima-se que entre os dias 10 e 23 de março, o cometa alcance magnitude 3, tornando-se visível a olho nu. Mas, devido à proximidade com o Sol, visto de Feira de Santana é possível que ele seja oculto pelos tons luminosos do crepúsculo vespertino.

Já o cometa Panstarrs (C/2011 L4 Panstarrs), em aproximação com o Sol, está mais facilmente visível, e há uma expectativa do cometa poder ser observado a olho nu, na constelação da Baleia, no início das próximas noites, no sudoeste baixo do céu, à esquerda de onde o Sol se põe.

Fiz uma rápida pesquisa na internet e não encontrei nenhum relato de observação a olho nu do Panstarrs visto desde a Bahia, ainda. Graças à dica de um amigo, que me lembrou da passagem do cometa, vou tentar fazer esta observação hoje, após o ocaso do Sol. É uma observação dificultada pela proximidade do horizonte e do horário crepuscular. Daqui de casa, terei que fazer algum malabarismo para observar o oeste baixo, mas se eu conseguir observar o cometa eu conto para vocês amanhã.

Eu gosto muito da constelação onde o cometa Panstarrs está no momento. É a constelação da Baleia, que em latim se chama Cetus. Quero voltar outro momento para escrever um pouco sobre esta constelação.

Por hora, vou deixar esta linda fotografia (abaixo), tirada pelo astrônomo Yury Beletsky, a partir do deserto de Atacama, no Norte do Chile, onde aparecem no mesmo campo visual, os cometas Lemmon e Panstarrs.

Os cometas Lemmon e Panstarrs, observados do deserto do Atakama, março de 2013. Foto: Yuri Beletsky (NASA).

Vamos ficar de olho no céu!
Abraço a todos!
Fernando

Pós Scriptiun: Texto adaptado do artigo Cometas 2013, publicado no blog EXPLORANDO O CÉU em 06/03/13, pelo autor.

3/08/2013

DIA INTERNACIONAL DA MULHER

O blog Despertar para a astronomia parabeniza todas as mulheres desse lindo planeta azul, cujo nome, Terra, é feminino. 
Vocês são as grandes estrelas do nosso universo!
Tenham todas um lindo dia e um ótimo final de semana.
Nós amamos vocês!

Os meninos.  

3/04/2013

Efemérides de março – 2013



Oi, pessoal!

Hoje eu passei aqui para escrever as efemérides deste mês. Mas, o que é mesmo uma efeméride? 

Efeméride é uma relação dos principais eventos previstos para acontecer em um determinado período de tempo, sobre um assunto específico. 

Por exemplo: a realização da Copa do Mundo de Futebol em 2014, e as Olimpíadas de 2016, previstos para acontecerem no Brasil, são eventos importantes que fazem parte das efemérides esportivas internacionais. Da mesma forma, as datas para as próximas eleições, fazem parte das efemérides políticas; os eventos relacionados à religião fazem parte das efemérides religiosas; e assim por diante. Para nós, as efemérides que interessam no momento são as efemérides astronômicas, onde poderemos encontrar a relação dos principais fenômenos astronômicos previstos para o mês de março. Beleza? Então, vamos lá!
  
O mês de março iniciou com o Sol na constelação do Aquário, onde nossa bela estrela amarela ficará até o dia 11, quando então passa à constelação dos Peixes, onde permanece até o fim do mês, de acordo com os limites oficiais para as constelações, convencionado pela União Astronômica Internacional.
  
Mercúrio começa o mês na constelação dos Peixes, mas já no dia 05 alcança a constelação do Aquário, mantendo-se invisível por estar entrando em conjunção com o Sol. A partir da metade do mês Mercúrio será visível sobre o horizonte leste antes do Sol nascer, como o astro mais expressivo entre as estrelas da constelação do Aquário, anunciando as últimas alvoradas do verão de 2013.

Vênus inicia o mês em Aquário, cada dia mais próximo de entrar em conjunção com o Sol. Ou seja, ao longo do mês o planeta Vênus estará acima do horizonte no mesmo momento que o Sol. Por isso não o veremos. Entre os dias 27 e 30 de março Vênus atravessa um pedacinho da constelação da Baleia.

Marte iniciou o mês em Aquário, mas no dia 04 alcança as estrelas de Peixes, onde permanece ao longo do mês, em conjunção com o Sol.

Júpiter permanece em Touro, visível desde o início das noites, a cerca de 4º da estrela alfa do Touro, Aldebaran.

Saturno permanece todo o mês em Libra, próximo a estrela alfa librae, que se chama Zuben El Genub.

No dia 20 de março termina o verão, e começa o inverno. Esse momento é chamado de equinócio, e ao longo do mês falaremos mais sobre isso.

A Lua começou o mês ocultando a estrela alfa de Virgem, que se chama Espiga, logo nas primeiras horas da madrugada do dia 01.

No dia 04 a Lua alcança o quarto minguante.

No dia 10, no limiar entre o céu escuro e os primeiros tons da aurora, o derradeiro delgado minguante da Lua ascenderá sobre o horizonte, em conjunção com Mercúrio. Será uma observação belíssima, mas difícil de fazer, dada a proximidade com o horizonte e o crepúsculo matutino.

No dia 11 a Lua é nova, em conjunção com o Sol e com Vênus.

A partir do dia 13 a Lua poderá ser observada após o ocaso do Sol, como um delgado crescente no lado oeste, com o céu ainda azul.

No dia 20 acontece o equinócio de outono, que marca o fim do verão, e o início do outono.  

No dia 27 a Lua atinge o plenilúnio, nascendo cheia sobre o horizonte leste ao final da tarde.

Ao longo do mês estão previstas algumas chuvas de meteoros, as chamadas estrelas cadentes. Vale a pena ficar de olho no céu!

Abraço a todos!
Fernando.